terça-feira, 29 de setembro de 2009

O ARTESANATO E SUA HISTÓRIA NO BRASIL E NO MUNDO:

A história do artesanato tem início no mundo com a própria história do homem, pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso rotineiro, e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho.
Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais.


No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.


Na sociedade atual, caracterizada pelo avanço industrial e tecnológico, o crescente gosto pelos trabalhos artesanais expressa a necessidade humana de manter laços com os modos de vida que marcaram sua existência desde os remotos tempos pré-históricos. No sentido estrito, artesanato é qualquer tipo de trabalho realizado manualmente, em oposição aos executados por meios mecânicos, ou em série. Nos dias de hoje, os exemplos de artesanato são: cerâmica, tapeçaria, entalhe, encadernação, bordado e ourivesaria.



Desde seu aparecimento no final do século XIX, o termo artesanato teve significação ambígua, que englobava todo o conjunto de atividades não agrícolas, sem distinguir o artesão do artista. Antes da revolução industrial, o artesanato era o único tipo de produção existente. Na Europa, os artesãos desempenharam importante papel no desenvolvimento das sociedades urbanas, nas quais exerciam poderosa influência.



Com o aperfeiçoamento dos métodos mecânicos de fabricação, o artesanato cedeu espaço aos produtos fabricados em série; o artesão, à maneira clássica, entrou em decadência, restringindo-se a atividades de caráter marginal.



História - O aparecimento das primeiras manifestações organizadas de trabalho artesanal no Ocidente europeu está associado à formação dos burgos e à vida urbana, cuja principal atividade passou a ser o comércio. Em torno do intercâmbio comercial surgiu uma série de atividades produtivas necessárias à manutenção da vida em comunidade, tais como as exercidas pelos padeiros, tecelões, pedreiros, carpinteiros, carroceiros, ourives, seleiros, marceneiros, escultores e arquitetos, entre outros. Ao mesmo tempo expandiram-se os trabalhos em metal, necessários à fabricação de equipamentos agrícolas, utensílios domésticos, meios de transporte e armamentos. Essa atividade assumiria no futuro uma importância fundamental para o desenvolvimento da indústria manufatureira.



Inicialmente servos, em sua quase totalidade, os artesãos foram com o passar do tempo formando suas associações profissionais, que, a partir do século XVIII, assumiram a forma de corporações. Nessas, o aprendizado profissional iniciava-se aos 10 ou 12 anos de idade e o candidato, em sua formação, submetia-se a regras muito rígidas. De aprendiz, passava a oficial para posteriormente ascender a mestre, quando se tornava o patrão onipotente, juiz absoluto e guardião da ética e da qualidade profissional da corporação.



Preocupadas em defender o monopólio da atividade profissional contra forasteiros ou estrangeiros, as corporações acabaram também por se tornar impermeáveis à introdução de novas técnicas. Com a expansão do comércio e a adoção de políticas econômicas do tipo laissez-faire na Europa, a partir do século XVII, o poder das corporações foi sendo gradualmente quebrado, até a derrocada definitiva causada pelas inovações tecnológicas e pela acumulação de capital que, prenunciando a chegada da revolução industrial, impuseram a cooperação em larga escala no trabalho -- tanto entre indivíduos da mesma profissão como de diferentes profissões -- e levaram o antigo mestre a converter-se num empresário dedicado apenas aos aspectos de direção e vigilância.



Em outras partes do mundo, sobretudo no Oriente - China, Japão, Coréia e Índia - e nos países muçulmanos, o artesanato alcançou extraordinário desenvolvimento. Sua organização em corporações de ofício, anterior à européia, integrou-se de tal forma à vida social desses países que ele conseguiu subsistir até hoje e, em alguns casos, utilizar tecnologias avançadas.
O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite, etc.



O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.






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